Novos fármacos incluem medicamentos para a doença de Parkinson, anticoagulantes, asma, pressão arterial, enxaquecas ou diabetes.
Corpo do artigo
Para evitar as falhas nas farmácias e proteger a saúde pública, a autoridade que regula o setor do medicamento aumentou de 20 para 30 a lista de fármacos cuja exportação depende de notificação prévia. A lista agora atualizada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) exclui dois medicamentos que já não apresentam risco de escassez, mas acrescenta 12.
Esta lista foi inicialmente criada em 2013, no pico da crise económica, depois de queixas dos doentes por falhas persistentes de medicamentos, numa altura em que se verificavam casos de exportação apesar dos distribuidores terem a obrigação, por lei, de manterem quantidades suficientes para abastecer o mercado nacional e garantir a satisfação das necessidades dos doentes portugueses.
Entre os fármacos que passam a estar incluídos incluem-se dois para a doença de Parkinson e dois anticoagulantes (tipos de medicamentos que antes não estavam previstos), mas também outros para a asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), pressão arterial, enxaquecas ou diabetes.
Consulte aqui a lista completa, atualizada, dos medicamentos com limitações à exportação.
Da lista de 30 medicamentos os fármacos para a diabetes são, de longe, os mais numerosos: sete insulinas e três outros antidiabéticos.
Farmácias confirmam escassez
A presidente da Associação de Farmácias de Portugal explica que estas listas do Infarmed vão sendo ajustadas conforme a escassez nas farmácias e confirma que os medicamentos agora incluídos estão a gerar dificuldades, mesmo que estas variem conforme a farmácia.
Manuela Pacheco fala numa situação "calamitosa", mas acredita que o Infarmed está a avançar com as medidas corretas.
TSF\audio\2019\11\noticias\14\manuela_pacheco_1
Manuela Pacheco recorda que a exportação é legal e ajuda a economia do país, mas "só se pode exportar a quantidade definida e não porque dá mais lucro vender" no estrangeiro.
TSF\audio\2019\11\noticias\14\manuela_pacheco_2
Rui Nogueira, da Associação de Medicina Geral e Familiar, confirma que os medicamentos agora incluídos na lista do Infarmed são de uso "muito comum" entre os doentes portugueses.
TSF\audio\2019\11\noticias\14\rui_nogueira_1
O representante dos médicos de família sublinha a importância de alguns anticoagulantes e medicamentos para a doença de Parkinson que passam a estar na lista de notificação obrigatória ao Infarmed quando são exportados.