O presidente do Conselho de Escolas defende que o papel das escolas não deveria ficar só pelo aconselhamento dos cursos. A ideia não merece a concordância da Confap.
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O presidente do Conselho das Escolas entende que os estabelecimentos de ensino devem ter uma palavra a dizer no futuro dos alunos no momento de seguir um curso no Ensino Regular ou de optar um curso profissional.
Reconhecendo que a sua posição pode ser politicamente incorreta, Manuel Esperança disse que está a favor da definição de «critérios nacionais», que as famílias deveriam aceitar.
«Cada jovem que chumba numa escola portuguesa custa-nos à-vontade custa-nos três mil euros, portanto acho que a escola deve ter uma palavra a dizer em termos de não se ficar só pelo aconselhamento», defendeu.
Contudo, Manuel Esperança, que frisa que esta é a apenas uma opinião pessoal, lembra que «é preciso que as escolas sejam munidas de recursos humanos, como psicólogos, que possam ajudar nessa triagem e na sensibilização das famílias».
A ideia não merece a concordância de Jorge Ascenção, da Confederação das Associações de Pais, que entende que a «família deve decidir de forma fundamentada, esclarecida e apoiada».
«Nem todas as famílias conseguem por si só estar devidamente informadas para tomar a melhor decisão, então a escola deve apoiar, esclarecer, sugerir e conseguir fazer com a família perceba qual a melhor decisão, porque estamos a falar do futuro de uma criança e de um jovem», acrescentou.
Jorge Ascenção lembra ainda que a «escola pode estar a tomar uma decisão que simplifica o seu problema, mas não está a resolver o que é essencial para a criança e jovem, que é o seu futuro».