Escolas "estão à altura". 1.º Período em tempo de pandemia com "balanço positivo"
A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas considera que alunos, professores e funcionários estão de parabéns, por terem tido postura exemplar e permitido que as escolas continuassem abertas.
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Neste ano atípico, em que muito foi discutida a necessidade de haver aulas presenciais - depois de a pandemia de Covid-19 ter levado ao encerramento das escolas durante meses, no último ano letivo - os alunos voltaram às salas de aula, com um conjunto de regras restritivas para cumprir. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas considera, apesar de tudo, que as escolas provaram que estão à altura para responder ao desafio da pandemia.
Na semana em que termina o 1.º Período deste ano letivo, o balanço feito por Filinto Lima é positivo. Dá "nota positiva" à postura dos "alunos, professores e funcionários", lembrando que muitos foram aqueles que profetizaram que as escolas teriam de encerrar "logo nas primeiras semanas" de setembro.
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"Não fecharam. As escolas mantiveram-se abertas, mantiveram-se a lecionar", nota Filinto Lima, reconhecendo, no entanto, que houve turmas que "tiveram de confinar".
"Alguns alunos e alguns professores tiveram de estar em casa alguns dias. Mas o balanço é muito positivo. No meio desta pandemia, a escola pública portuguesa, mais uma vez, deu um sinal muito positivo", defende.
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Em relaçao àquilo que poderia ter corrido melhor, Filinto Lima lembra que ainda está por cumprir na totalidade a promessa feita pelo primeiro-ministro, há oito meses, de que haveria equipamento informático garantido para todos neste ano letivo.
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"[António Costa] disse que tinha 400 milhões de euros para investir em material digital. Mas só agora é que estão a chegar às escolas e aos lares dos alunos do secundário com ação social escolar alguns computadores", refere.
"No mais curto espaço de tempo possível, o primeiro-ministro deve cumprir cabalmente a promessa", apela. "É importante, não só devido à pandemia, que os nossos alunos tenham acesso ao material de estudo."
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O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas pede também que já em janeiro sejam contratados os profissionais para as escolas que resultam da revisão dos rácios de funcionário por aluno.
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"De acordo com essa revisão da portaria, irão chegar às escolas mais 3 mil funcionários. Peço que desde logo no início de janeiro essas 3 mil vagas sejam libertadas para as escolas, para que os diretores as consigam preencher. A minha palavra é diretamente ao sr. ministro das Finanças: liberte essas 3 mil vagas porque as escolas carecem de mais assistentes operacionais", volta a apelar.