O Governo propõe, num documento de revisão da estrutura curricular, que as escolas possam ter liberdade para definir o tempo de duração das aulas.
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Num encontro na Aula Magna, na Universidade de Lisboa, com directores de escolas de Lisboa e Vale do Tejo, esta sexta-feira, o ministro Nuno Crato disse que as aulas poderão ter, por exemplo 60 ou 45 minutos, «desde que o número total de horas se enquadre dentro de um certo limite».
Na reunião, a grande dúvida foi quanto tempo vão os alunos do terceiro ciclo ter de laboratório por semana.
A secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, explicou que numa carga semanal de três horas, duas delas serão para «apresentação teórica», sendo a restante para a parte experimental.
As turmas serão divididas em duas, fazendo com que metade tenha a hora da parte laboratorial de Físico-Química numa semana e a outra metade a parte experimental de Ciências Naturais, «sendo que na semana a seguir trocam as metades de turmas», acrescentou.
O tema que causou mais burburinho na reunião foi o apoio ao estudo. «Relativamente ao tipo de horas que são totalizadas para o apoio ao estudo no segundo ciclo, a ideia é serem horas da componente não lectiva dos professores», disse a governante.
Amílcar Santos, director de uma escola de Lisboa, esclareceu que as aulas de formação cívica servem também para o director de turma tratar de temas relativos à gestão da própria turma.
Apesar do fim previsto das aulas de formação cívica, os professores ficaram sem resposta do Ministério quanto à altura certa em que poderão tratar desses temas com os alunos.