As escolas dizem não poder esperar até ao fim de Julho pelas orientações do novo ministro da Educação e por agora vão preparando as coisas com as indicações do anterior Executivo.
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A Associação dos Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas alertou para o facto de a preparação dos estabelecimentos de ensino para o próximo ano lectivo estar a ser feita com base em critérios que ainda podem vir a ser alterados.
Ouvido pela TSF, o presidente desta associação explicou que não pode esperar até ao fim de Julho pela decisão do novo ministro da Educação, Nuno Crato, sobre se vai manter as alterações que tinham sido decididas pelo anterior Governo.
Adalmiro Fonseca recordou que as escolas têm em mãos a actual legislação e que muito embora se fale em mudanças na organização curricular do 3º Ciclo e noutras alterações, «o que temos é o que estava e é com isso que temos de trabalhar».
Este responsável, que chamou à atenção sobre o «muito silêncio» relativo as estas alterações, considerou que se o novo ministério levar por diante as mudanças defendidas pelo último Governo, o maior problema poderá estar na fusão dos agrupamentos.
«De duas escolas se fazer uma não é com facilidade que isso se faz. Numa altura destas, custa-me a crer que seja possível fazê-lo a não ser em circunstâncias em que as coisas sejam muito facilitadas no terreno», adiantou.
Por este motivo, Adalmiro Fonseca acredita que a reorganização dos agrupamentos não deverá acontecer no ano lectivo que se encontra a ser preparado, mas apenas no próximo.