Escolas sem auxiliares. Diretores vão para o terreno saber quantos faltam

Há quase tudo nas escolas portuguesas, menos auxiliares. E faltam também números oficiais sobre quantos assistentes operacionais se encontram de baixa médica, nalguns casos, prolongada.

O problema atinge de tal forma os estabelecimentos públicos de ensino que a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas decidiu abrir um inquérito aos 811 agrupamentos do país para conhecer a real dimensão do problema.

A notícia é avançada o Diário de Notícias, que relata pavilhões gimnodesportivos fechados, papelarias e bares que encerram mais cedo e bibliotecas sem funcionários. E, como consequência destas ausências, faltam também auxiliares para vigiar os alunos nos recreios.

Os casos multiplicam-se por todo o país. Aliás, há escolas que chegaram a fechar portas a meio do dia por falta de pessoal, outras limitaram-se a cancelar as aulas de Educação Física por tempo indeterminado.

O Ministério da Educação recusa-se facultar, ao DN, os rácios de pessoal não docente, mas lembra que as escolas tiveram um reforço de 2550 auxiliares, durante a atual legislatura.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais contrapõe e afirma que, pelo menos, 1500 desses trabalhadores estão de licença médica.

Ao todo, os sindicatos e diretores reclamam a contratação de quatro mil auxiliares.

A escassez de assistentes operacionais nas escolas é uma das razões que levam a Federação de Sindicatos da Administração Pública e a Federação Nacional da Educação (FNE) a juntarem-se à greve dos próximos dias 14 e 15 de fevereiro, que vão abranger toda a administração pública.

As escolas admitem ainda concentrações e vigílias que podem prolongar-se até março, segundo informou o presidente da ​​​​​​​FNE ao Diário de Notícias.

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