Escolhidos para brilhar. Startup portuguesa entre as grandes promessas da Web Summit
A FYDE é uma das 10 startup portuguesas entre as 58 empresas tecnológicas escolhidas pela Web Summit como aquelas que podem ter mais potencial no próximo ano.
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Sediada em Silicon Valley, nos Estados Unidos, mas com a engenharia feita na cidade do Porto, a FYDE dedica-se à cibersegurança.
A tecnológica nasceu há dois anos e já conseguiu 5 milhões de euros de fundos de capital de risco e agora foi escolhida para ser cabeça de cartaz da Web Summit o que deixa a fundadora Luísa Lima bastante satisfeita, sobretudo pela atenção que está a ser dada à cibersegurança.
"Hoje em dia ainda estamos a proteger os dados das nossas empresas com tecnologia que não é muito atualizada desde os anos 90 e isso é um pouco assustador e revela-se no número de ataques que têm acontecido recentemente. Está mesmo na altura de haver uma mudança de paradigma. Estamos extremamente satisfeitos por sentirmos que o nosso trabalho está a ter impacto", revela Luísa Lima.
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O novo paradigma da FYDE é bloquear os chamados ataques de "phishing". A fundadora da FYDE explica que "o que nós fazemos é proteger os utilizadores dos ataques de engenharia social" de agentes criminosos que utilizam identidades falsas para capturar dados financeiros dos utilizadores.
Mas a empresa não se assume como um antivírus porque não atuam depois do ataque. A FYDE atua antes do ataque "e mesmo antes de fazer a ligação para o site externamente, nós vamos bloquear logo e vamos avisá-lo que aquele site está potencialmente comprometido. Nós trabalhamos com base num mecanismo de inteligência artificial que é muito leve e somos os únicos que conseguem fazer a análise local antes mesmo do ataque ocorrer", sublinha.
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Luísa Lima revela que foi esta tecnologia que valeu à empresa a primeira patente que já foi aceite nos Estados Unidos da América, daí estarem agora virados para o mercado empresarial para "proteger os dados dos trabalhadores, da empresa e dos clientes".
A FYDE adianta que já conseguiram "atingir muitas empresas tecnológicas na área financeira em Silicon Valley e em Portugal estamos a trabalhar com empresas de desenvolvimento de software e da área financeira". É aí que assenta o modelo de negócio porque para o utilizador individual a aplicação é gratuita e está disponível na App store e na Google Play store.
Ao longo dos quatro dias da feira da tecnologia houve 58 startup que foram escolhidas para ocuparem o palco central de modo a poderem fazer apresentações para dezenas de potenciais investidores. Estas apresentações de três minutos acontecem logo pela manhã e a seguir à pausa para almoço. Entre estas 58 startup há 10 empresas portuguesas que podem ter impacto em 2020.
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