"Esta coisa de andarmos sempre a comer o mesmo é uma chatice." E que tal uma tarântula?
Ricardo Dias Felner, autor do blogue "O homem que comia tudo", foi o convidado da Manhã TSF. O jornalista falou sobre o aborrecimento de comer sempre os mesmos sabores e partilhou as suas experiências gastronómicas mais exóticas.
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É jornalista, mas também provador de comida profissional. Ricardo Dias Felner, de 41 anos, já passou pelo jornal Público, pela revista Sábado e foi diretor da revista Time Out de Lisboa e do Porto. Já escreveu romances e contos, mas agora é ao blogue "O homem que comida tudo" que dedica a sua atenções.
Trata-se de um blogue dedicado ao prazer da comida - porque há mais comida para além de bife com batatas fritas (apesar de bife com batatas fritas ser muito bom).
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Entrevistado na Manhã TSF, Ricardo Dias Felner afirma que "esta coisa de andarmos sempre a comer o mesmo é uma chatice". "Já não tem que acontecer. Hoje em dia já temos muitas alternativas para comer coisas diferentes", defende.
Coisas diferentes como, por exemplo, tarântulas. O jornalista confessa que já cozinhou e comeu uma destes aracnídeos, iguaria típica do Vietname. O sabor? "É parecido com um caranguejo de casca mole", revela.
Ricardo Dias Felner admite ainda que a alta cozinha o deixa aborrecido. "Frequentemente sucede que estamos a comer os mesmos sabores, para agradar a uns críticos específicos, que têm parâmetros que são sempre os mesmos", criticou. O provador de comida prefere a "espontaneidade" das tascas, que "foge ao marketing". Aí, diz o jornalista, a comida "tem a ver com aquilo que as pessoas sabem mesmo fazer, e que fazem há muitos anos".
*com Fernando Alves e Sara de Melo Rocha