"Esta operação é igual a muitas outras." Detidos no Martim Moniz são portugueses e ficam em prisão preventiva
Em conferência de imprensa, a PSP garante que a operação foi coordenada com o Ministério Público e que decorreu na sequência de 52 crimes "graves e violentos" no local nos últimos dois anos
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Os dois detidos da operação policial realizada na quinta-feira no Martim Moniz são portugueses e ficaram em prisão preventiva.
"Não se registou qualquer incidente, nem com cidadãos, nem com polícias intervenientes. Soube há pouco que os dois detidos ficaram em prisão preventiva", disse o superintendente da Polícia de Segurança Pública Rui Costa em conferência de imprensa, revelando mais tarde que os detidos são "portugueses".
O superintendente explica que "esta operação é igual a muitas outras" realizadas ao longo do ano: "Verificámos que a maior incidência de crimes ocorria às quintas-feiras entre as 14h00 e as 18h00, em setembro/outubro começámos a preparar a operação."
O comandante da PSP Luís Elias explica que a operação foi coordenada com o Ministério Público e deriva de 52 crimes "graves e violentos" que ocorreram nos últimos dois anos no local.
"O contexto desta operação devidamente coordenada com o Ministério Público decorre da existência de diversas denúncias e participações de ocorrências policiais com utilização de armas brancas, diversas incidências em que foram vítimas diversas pessoas, portanto, altercações no local. Estas ocorrências são maioritariamente crimes violentos e graves que ocorreram no ano passado e neste ano, estes 52 crimes. Salientar também que a 31 de maio tivemos um homicídio com recurso a arma branca naquela artéria e que também este fim de semana voltámos a ter alguns incidentes, nomeadamente com um apedrejamento de um carro de patrulha, tendo sido detido um indivíduo no domingo passado", explicou o comandante da PSP.
Luís Elias afirma que a operação feita na quinta-feira está prevista na lei e que foram emitidos seis mandados de buscas não domiciliárias e os resultados obtidos da operação foram duas detenções, uma com posse de arma branca e estupefacientes, uma por mandado de detenção por crimes de roubo para cumprir pena de prisão. Foram apreendidas diversas armas, nomeadamente sete bastões, uma arma branca, um telemóvel furtado e recuperado e foram identificadas diversas pessoas no local.
"As revistas foram efetuadas a cidadãos que se encontravam no local numa perspetiva de garantir a segurança e integridade física dos polícias e dos intervenientes no local. A égide desta operação é a deteção de armas", assegura.