O programa da PSP Estou aqui adultos já permitiu localizar os familiares de 12 idosos perdidos na via pública em 2020, através de uma pulseira que contém os dados de identificação de quem a usa. Há mais de 900 pulseiras ativas em todo o país.
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Maria Fernanda Ribeiro vive na Rua do Diário de Notícias no Bairro Alto em Lisboa. Veio à rua para receber uma pulseira pelas mãos do agente Lopes da Silva.
"Direita ou esquerda? Qual é o sítio que lhe dá mais jeito?", pergunta o agente. Maria Fernanda cede o pulso esquerdo e vai contando que já lhe tinham ligado da junta de freguesia a perguntar se já tinha a pulseira do programa Estou aqui adultos.
"Isto tem aqui um número, no qual vão ficar os seus contactos, no caso de se perder, ter algum problema na via pública, e que não traga nada consigo. Está muito apertada a pulseira?", pergunta o agente da Polícia de Segurança Pública (PSP)
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O projeto da PSP Estou aqui adultos entrega pulseiras a pessoas mais velhas que possam ficar desorientadas ou inconscientes na rua, permitindo identificar familiares ou a instituição onde reside.
O programa, uma parceria entre a PSP e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, dirige-se a todos os idosos mas "é mais direcionado para pessoas que, em função de uma patologia ou da idade já avançada, possam momentaneamente ficar desequilibradas e perderem a noção do tempo e do espaço na via pública, sem qualquer contacto ou identificação. Com a pulseira poderão facilmente ser identificados e contactados os seus familiares", detalha o comissário Artur Serafim.
O pedido da pulseira pode ser feito online através do site do programa ou diretamente em uma esquadra.
"A própria pessoa pode pedir, um cuidador ou uma instituição. É uma ativação muito simples. Basta preencher um formulário na internet, no site estou aqui adultos. Fica logo ativa a pulseira", explica.
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A pulseira não tem GPS mas com o número da placa é possível localizar os familiares da pessoa que se encontra perdida. Qualquer pessoa que identifique um idoso perdido na via pública pode ajudar ligando 112.
"Através da informação que vem na pulseira, que tem um número mecanográfico, associado aquela pessoa em específico, é feito o contacto com a Direção Nacional da PSP e através da consulta do número chegamos à identificação da pessoa e procedemos aos contactos com os familiares ou com a instituição onde a pessoa está", afirma o comissário.
Por agora há mais 900 pulseiras ativas em todo o país. Em Lisboa são quase 450 mas a PSP quer aumentar o número de idosos com a fita no pulso. Este ano, a polícia conseguiu ajudar 12 pessoas que através da pulseira.
A pulseira tem uma duração de dois anos, é gratuita, pessoal e intransmissível.