Estações sem luz e falta de sensibilização. Acidentes "quase semanais" no Metro Sul do Tejo geram "insegurança"

A Comissão de Utentes dos Transportes dos Transportes da Margem Sul do Tejo denuncia a ausência de iluminações nas estações e desinvestimento na sensibilização depois de mais um atropelamento mortal no metro de superfície (o segundo no espaço de uma semana).

O acidente mais recente ocorreu na estação de Almada na segunda-feira, depois de duas pessoas terem sido colhidas por uma carruagem do Metro Sul do Tejo. Um homem morreu, enquanto que outro ficou ferido.

Em declarações à TSF, a porta-voz da Comissão de Utentes, Aurora Almeida, sublinha que há acidentes quase todas as semanas e garante que esta é uma situação que "preocupa imenso".

"Até porque começa a gerar medo e insegurança, porque está a ser com muita frequência. Os acidentes no canal do metro são uma coisa regular - praticamente todas as semanas há um acidente com ligeiros no canal do metro", lamenta.

Em 2 de dezembro, em Corroios, uma pessoa morreu após ter sido atropelada pelo metro na estação de Santo Amaro em Corroios.

Sobre os motivos que podem conduzir a estas situações, Aurora Almeida aponta o desinvestimento em campanhas de sensibilização, bem como a escassez de iluminação.

"Do senso comum e daquilo que nos vai chegando, [a causa dos acidentes] tem muito que ver com o desinvestimento que tem havido em campanhas de informação e sensibilização - há anos que não existe. Depois, há outra questão que tem a ver com a iluminação: há estações que não têm iluminação nenhuma", alerta.

Em maio, a Comissão de Utentes já tinha chamado a atenção da secretária de Estado da Mobilidade para o problema. Na próxima semana, os utentes têm reunião marcada e vão discutir o problema.

"Temos uma reunião marcada com o grupo permanente para a próxima semana e com certeza que iremos abordar isso e ver que medidas é que podemos ter aqui", adianta.