Numa semana, há quatro contratos de investimentos assinados entre o Estado e empresas inovadoras. O secretário de Estado da internacionalização acredita que o investimento gera dividendos.
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A AICEP (Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal) assina esta terça-feira dois contratos de investimentos com duas multinacionais instaladas no Fundão e em Oliveira de Azeméis.
Com a Altram, do Fundão, o investimento apoiado pelo estado é de 12 milhões de euros, no aperfeiçoamento de tecnologias de inteligência artificial para uso na industria aeronáutica. A empresa francesa deverá criar, na Beira Baixa, mais 230 postos de trabalho, atingindo os 400 trabalhadores num concelho que tem menos de 30 mil habitantes.
Já a Gestamp, espanhola, propõe-se implementar uma tecnologia inovadora de estampagem, com aplicação prioritária na industria automóvel. A empresa espanhola instalou-se em Oliveira de Azeméis há mais de duas décadas e deverá aumentar em 30 o número de trabalhadores, metade dos quais classificados como altamente qualificados.
Estes dois contratos são assinados agora, ficando para mais tarde, ainda esta semana, um outro de uma das empresas de maior sucesso do recente empreendedorismo tecnológico português.
A Feedzai, sediada em Coimbra, nasceu em 2008, e é "um unicórnio". Conseguiu arranjar capital em rondas de investimento para a catapultar nos negócios globais e é hoje considerado um valor sólido na área da cibersegurança, utilizando algoritmos inovadores e tecnologias baseadas na inteligência artificial para vigiar redes informáticas quanto a tentativas de fraude.
Juntando estas três empresas ao desenvolvimento da parceria entre a Critical Software e a BMW, que ficará instalado no centro do Porto, serão cerca de mil novos empregos até ao fim do ano.
O governante destaca o Fundão e lembra que, por causa do investimento da Altran, "outras empresas vão fixar-se na região e mais empregos serão criados".
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O secretário de Estado da industrialização, Eurico Brilhante Dias, conta à TSF que estes investimentos mostram uma vontade de reter pessoas na economia, e diz que embora haja contratação de trabalhadores especializados não portugueses "a maioria são de Portugal, grande partes deles mostrando elevados níveis de competência e o valor do ensino superior português, seja das universidades, seja dos politécnicos".
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Sobre o custo que estes apoios do Estado têm, Eurico Brilhante Dias sublinha que são incentivos e apoios à criação de postos de trabalho. Ou seja, vão gerar receitas no IRS e na Segurança Social que, mais tarde serão pagos.
O secretário de Estado da internacionalização lembra que se Portugal não usasse estes incentivos ao investimento seriam usados por outros e Portugal ficaria sem estes investimentos.
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