Estado de calamidade em Ovar. "Há risco de transmissão generalizada de Covid-19"
Eduardo Cabrita e Marta Temido explicaram as razões que levaram o Governo a decretar o estado de calamidade em Ovar.
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O Governo confirma o estado de calamidade em Ovar. A ministra da Saúde, Marta Temido, fala num "risco de transmissão generalizada de Covid-19" e na "possibilidade de poderem ocorrer novas cadeias de transmissão" nesta zona, o que levou à decisão.
A governante revelou que entre os 51 casos confirmados Administração Regional de Saúde do Centro, "desses 30 são relacionados com o concelho de Ovar", com "440 contactos já identificados".
"Estamos perante um elevado número de casos confirmados numa área relativamente restrita e muitos contactos em monitorização", justificou.
Numa conferência de imprensa conjunta com os ministros da Saúde e da Administração Interna, Eduardo Cabrita explicou que, com esta medida, e "salvo um conjunto de situações excecionais, como profissionais da saúde, das forças de segurança ou de socorro", fica "vedada a saída dos residentes do concelho de Ovar para fora do município" e vice-versa.
As atividades comerciais ou industriais ficam "interditadas", exceto as do setor alimentar. "Fechamos todos os restaurantes, oficinas, mantêm-se abertas padarias, supermercados, farmácias, bancos, postos de abastecimento de combustíveis", acrescentou.
A medida vai ser aplicada de imediato, bem como "as medidas que permitam a zona de inibição de acesso" e para que "localmente se estabeleçam os mecanismos de acompanhamento do cumprimento destas medidas".
"Esta é uma batalha de todos", apontou o ministro da Administração Interna, mostrando solidariedade ao município de Ovar.
Eduardo Cabrita admite ainda que o instrumento que leva a decretar o estado de calamidade pode "ter o âmbito territorial considerado necessário em cada momento" e estas medidas "não deixarão de ser utilizadas quando necessário".