O ministro da Administração Interna esteve reunido com a Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência.
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O ministro da Administração Interna confirma que já foram efetuadas sete detenções por crime de desobediência. Eduardo Cabrita saúda, ainda assim, o espírito de "solidariedade e civismo" que todos os portugueses manifestam em relação às restrições impostas.
Uma das detenções foi um caso grave, na cidade do Porto, por dever de confinamento, de acordo com Eduardo Cabrita. O governante lembra que o dever de confinamento protege o cidadão que está afetado pela doença, mas também as restantes pessoas.
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Em conferência de imprensa, depois de uma reunião com a Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, o ministro da Administração Interna afirmou, no entanto, que foi pontualmente necessária a intervenção, particularmente na Póvoa de Varzim e em Esposende.
O governante indica que as autoridades locais de saúde vão entrar em contacto com as autoridades, para indicar as pessoas que estão obrigadas ao recolher obrigatório.
O ministro da Administração Interna explicou que estão a ser tomadas medidas preventivas para evitar um surto entre agentes das forças de segurança. Haverá, por isso, uma atenção prioritária para os elementos das forças de segurança afetados pela doença, ou para aqueles que necessitem de efetuar os testes de despiste para a Covid-19.
Eduardo Cabrita agradeceu o espírito de solidariedade que todos os portugueses revelaram ao longo destes dias. "As forças e serviços de segurança transmitiram-nos que a ação desenvolvida foi quase na totalidade pedagógica", revela.
O ministro da Administração Interna revelou que os passageiros estrangeiros, a bordo do navio de cruzeiro que chegou esta manhã a Santa Apolónia, em Lisboa, vão ser transportados de autocarro, sob escolta policial, para o Terminal 2 do aeroporto de Lisboa.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou este domingo os números de infetados pelo novo coronavírus em Portugal. O país conta agora com 1600 casos de infeção pela Covid-19. O número de vítimas mortais subiu para 14.
Portugal está em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira. O decreto presidencial, assinado por Marcelo Rebelo de Sousa, foi votado na quarta-feira no Parlamento, já depois de ter recebido o apoio do Governo e do Conselho de Estado.