"Estado dramático." Leitão Amaro responsabiliza anterior Governo pela "falta de recursos" no INEM
O ministro da Presidência afirma que Vítor Almeida não quis liderar o INEM devido à "grave" situação em que se encontra o instituto
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Vítor Almeida deixou de querer liderar o INEM por ter encontrado o instituto numa situação "dramática". As declarações são do ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
Depois de a ministra da Saúde ter remetido, na sexta-feira, todos os esclarecimentos para um comunicado emitido durante a manhã, António Leitão Amaro é o primeiro governante a dar explicações de viva voz sobre a crise no INEM.
"Houve uma pessoa escolhida que nunca chegou a ser nomeada. Quando iria, entendeu que não tinha condições, porque a situação era tão grave, achou que era melhor não assumir esta função. Nós queremos, sobretudo, à frente de funções públicas, quem os queira enfrentar de braço dado connosco e com os portugueses", explicou em entrevista à RTP.
O ministro da Presidência responsabiliza o anterior governo socialista por ter deixado o INEM sem recursos.
"O estado em que o Instituto Nacional de Emergência Médica foi deixado pelo governo anterior é um estado dramático: falta de recursos, falta de condições legais e contratuais para os meios essenciais operarem. Eu acho que aquilo que é recomendado a alguns agentes políticos que tiveram no Governo 3050 dias é talvez um bocadinho mais de moderação, cuidado e algum exercício de autocrítica", acrescenta.
Vítor Almeida, que tinha sido anunciado há uma semana para a presidência do INEM, voltou atrás por entender que não estavam reunidas as condições para assumir o cargo. Num comunicado enviado às redações, o Ministério da Saúde anunciou que decidiu nomear um novo presidente. Sérgio Dias Janeiro era, até agora, diretor do serviço de medicina interna do hospital das Forças Armadas.
