O financiamento da administração pública ficou abaixo dos 12,3 mil milhões de euros de 2020,
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O Estado português financiou-se em 7,9 mil milhões de euros em 2021. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo banco de Portugal, este financiamento ficou aquém do que se tinha verificado no ano anterior, em 4,4 mil milhões de euros.
O financiamento foi obtido junto de bancos residentes, em grande medida, através da aquisição, pelo banco central, de títulos de dívida emitidos pelas administrações públicas, ao abrigo dos programas de compras de ativos. Já o financiamento concedido pelo exterior e pelos restantes setores da economia, em particular pelo setor financeiro não bancário, foi negativo, em 12,6 mil milhões de euros e em 4,0 mil milhões de euros, respetivamente. Ou seja, as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas foram superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, uma vez que as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros setores da economia.
Na análise por instrumento, as administrações públicas financiaram-se através do aumento de empréstimos deduzidos de depósitos, no montante de 12,1 mil milhões de euros. Em contrapartida, o financiamento das administrações públicas através de títulos foi negativo em 4,2 mil milhões de euros.
Já no sector privado ( não financeiro), o endividamento aumentou 14,2 mil milhões de euros em 2021, o que se traduz num crescimento de 4,2% nas empresas privadas e de 3,6% a nivel dos particulares, em comparação com o final do ano anterior.