Estado quer recuperar indemnização paga a Ihor Homeniuk e exige pagamento de ex-inspetores
Ao ordenar o pagamento da indemnização à família do cidadão ucraniano morto no SEF, o Conselho de Ministros reservou o chamado “direito ao regresso", mas os três inspetores estão a contestar o processo.
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O Estado quer ser ressarcido da indemnização paga à família do cidadão ucraniano que morreu quando estava nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de lisboa, em março de 2020.
Em 2021, o Governo deu ordem para o pagamento de 712.950 euros como compensação à família de Ihor Homeniuk, valor que o Estado agora quer recuperar através de um processo contra os três ex-inspetores do SEF que foram considerados culpados pela morte.
A ação foi movida pelo ministério publico e será julgada no Tribunal Administrativo de Lisboa. Se forem condenados, Luís Silva, Duarte Laja e Bruno Sousa terão de pagar cada um 237.650 euros.
Ao ordenar o pagamento da indeminização à família, o Conselho de Ministros reservou o chamado “direito ao regresso", mas os três inspetores, que cumprem uma pena de nove anos na cadeia de Évora, estão a contestar o processo.
Segundo a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, a defesa de Luís Silva alega que, antes de decidir o valor da indeminização por danos patrimoniais, o Estado português não obteve qualquer comprovativo dos rendimentos da mulher Ihor Homeniuk nem do próprio cidadão ucraniano.
A defesa do ex-inspetor contesta também os 50 mil euros pagos ao pai de Ilhor e nota que está ainda a decorrer um outro processo relacionado com a morte de Ihor, envolvendo cinco pessoas, que, se condenadas, devem ser responsabilizadas pela indemenização.
