O ministro da Defesa disse ser necessário «saber definir prioridades», a propósito da revogação de uma resolução de 2004 que encomendava a construção de vários navios e lanchas aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
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«É preciso saber definir prioridades, não há dinheiro para tudo e nós temos que, dentro dessas prioridades, fazer uma gestão eficiente e equilibrada», afirmou José Pedro Aguiar-Branco, no Funchal, à margem de uma conferência sobre "Cooperação civil-militar na ajuda de emergência».
O Conselho de Ministros revogou hoje uma resolução de 2004 que encomendava a construção de seis navios patrulha oceânica (NPO) e cinco lanchas de fiscalização costeira (LFC) aos ENVC.
Fonte governamental explicou à agência Lusa que esta revogação «pretende salvaguardar o interesse do Estado» no processo de reprivatização dos ENVC, tendo em conta tratar-se de um compromisso que implicaria pagamentos na ordem dos 57 milhões de euros em 2013 e 38 milhões de euros no ano seguinte.
Além disso, o projeto destes navios «permanecerá na propriedade do Estado», explicou a mesma fonte, numa altura em que o Governo admite concluir o processo de reprivatização dos ENVC até final do ano.
A encomenda destes navios aos ENVC foi decidida em 2004, quando Paulo Portas, atual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, liderava o Ministério da Defesa Nacional, no âmbito do programa de reequipamento da Marinha para substituição de corvetas com 40 anos de serviço.