
Estaleiros de Viana
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A esquerda parlamentar quer suspender de imediato o plano que pode cortar metade da força de trabalho dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
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Para o deputado Honório Novo, do PCP, é necessário suspender o plano de viabilização da empresa e, consequentemente, salvaguardar 380 dos 700 postos de trabalho em nome de uma mais-valia para o país.
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo são «uma empresa determinante para economia da região e do país. Recordo que se trata do único estaleiro em Portugal que, neste momento, constrói navios», disse o deputado comunista.
O mesmo é defendido por Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, que destaca que, na tomada de posse, o Governo deixou garantias de que processo dos Estaleiros de Viana podia ter outro desfecho sem ser o despedimento dos funcionários.
«O primeiro-ministro, no debate do programa do Governo, assegurou que estava empenhado no plano de viabilização para salvaguardar os trabalhadores. Nesse sentido, queremos que se discuta esta questão», disse à TSF.
Tanto a deputada do Bloco de Esquerda como o do PCP frisam que a empresa é viável pelo que, dizem, não se compreende o motivo do despedimento colectivo.
«Os estaleiros têm encomendas e a estrutura produtiva ocupada durante os próximos quatro anos. Por estes motivos há que reanalisar este plano de viabilização e suspender a decisão da anterior administração», afirmou Honório Novo.
Os dois projectos são discutidos esta terça-feira na Assembleia da República. Uma hora antes, às 14h00, o PCP recebe a comissão de trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.