Estaleiros: Trabalhadores exigem suspensão do «criminoso processo de subconcessão» (vídeo)
Representantes dos trabalhadores dos Estaleiros Nacionais de Viana do Castelo entregaram na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, uma moção a exigir a suspensão do «criminoso processo» de subconcessão da empresa.
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A moção foi hoje aprovada, «por unanimidade e aclamação», no final de um protesto que levou hoje a Lisboa mais de 500 pessoas, entre trabalhadores, seus familiares e reformados dos ENVC.
Na moção, lida pelo porta-voz da comissão de trabalhadores dos ENVC, António Costa, os trabalhadores defendem que a Martifer (empresa que vai assumir a subconcessão) «não dá garantias de que a construção naval continua a ser estratégica para Viana e para o país».
Além disso, os trabalhadores dos ENVC referem que o «despedimento representa um crime contra a região, a construção naval e a economia local».
A entrega da moção foi o culminar de uma tarde de protesto que começou pelas 15:00 em frente ao Ministério das Finanças, no Terreiro do Paço, em Lisboa, e terminou pelas 18:30 junto à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
Além das mais de 500 pessoas que partiram de manhã de Viana do Castelo rumo à capital, participaram no protesto, entre outros, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o líder do PCTP-MRRP, Garcia Pereira, sindicalistas franceses, da CGT, e espanhóis, das Comissiones Obreras, e o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
Arménio Carlos defendeu, em declarações aos jornalistas à margem do protesto, que a subconcessão dos ENVC é «um crime contra a economia nacional».
Pouco depois, num discurso proferido no final do protesto, o secretário-geral da CGTP, classificou este processo de subconcessão como «caricato», dado que nos ENVC «existe trabalho e força de trabalho» e «qualquer encerramento de empresa está associado à má gestão ou falta de trabalho».
Arménio Carlos, tal como António Costa, lembrou que os ENVC têm um contrato com a Venezuela para a construção de dois asfalteiros.