"Estamos numa cascata de crises." Ministro admite ir mais longe nos apoios dados aos portugueses
Em entrevista ao Diário de Notícias, o ministro da Economia, António Costa Silva, afirma que o Governo está a "monitorizar" os efeitos da inflação "todos os dias", e admite que as ajudas podem não chegar até ao final do ano, uma vez que "não se sabe como as coisas vão evoluir".
Corpo do artigo
Com as dificuldades provocadas pelo aumento dos preços dos combustíveis e pela crise da falta de cereais, o ministro da Economia, António Costa Silva, admite que o Governo pode ir mais longe nos apoios que são dados à população.
"Estamos a monitorizar todos os dias o que se passa e estamos muito preocupados com os efeitos da inflação, o efeito do aumento dos preços da energia e dos bens alimentares. Neste momento, o Governo pôs em prática um pacote que tem inúmeros componentes", afirma o ministro em entrevista ao Diário de Notícias, admitindo que as ajudas podem não chegar até ao final do ano.
"A situação é dinâmica, muda todos os dias, estamos numa cascata de crises e não sabemos como é que as coisas vão evoluir", explica.
https://d2al3n45gr0h51.cloudfront.net/2022/06/5_os_impactos_da_guerra_e_os_apoios_que_podem_ser_alargado_2022060718_20220608102341/hls/video.m3u8
No Dia Mundial dos Oceanos, que se assinala esta quarta-feira, António Costa Silva anuncia um objetivo: quer fazer de Lisboa uma praça financeira para a economia do mar.
"Se nós tivermos projetos bons vamos conseguir atrair para Lisboa e para o país fundos internacionais que querem apostar na economia do mar. Na conferência dos oceanos de 2017, a primeira que houve em Nova Iorque, foram quase cerca de 100 empresas, a Lisboa vão vir 900 empresas, mais de 4000 empresários. Alguns são dos grandes fundos internacionais, dos grandes bancos que estão muito preocupados com o estado dos oceanos e querem investir na economia do mar e na bioeconomia", adianta.
António Costa Silva relembra ainda que no PRR, no âmbito das agendas mobilizadoras, "há um pacote muito apreciável de cerca de 930 milhões de euros". "O senhor primeiro-ministro já se comprometeu com isso e todas as agendas mobilizadoras que tiverem mérito têm que ser apoiadas. Podemos ir aos quatro mil milhões de euros em termos desses apoios", acrescenta.
https://d2al3n45gr0h51.cloudfront.net/2022/06/3_os_milhoes_disponiveis_para_o_mar_e_os_4000_empresarios_que_chegam_a_lisboa_no_final_de_junh_2022060718_20220608102522/hls/video.m3u8