Na véspera do 25 de Abril, a TSF ouviu o testemunho de quem esteve preso no Tarrafal.
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Arlindo, a caminho dos 80, tinha 24 anos quando foi preso no Tarrafal, o campo de concentração do Estado Novo, instalado em 1936 na ilha de Santiago, Cabo Verde.
No último domingo, dia 22 de abril, o alfaiate cabo-verdiano regressou ao Tarrafal com a família. Aqui, volta a pisar o chão onde passou os piores quatro anos da sua vida, "a lutar pelo país" nas fileiras do PAIGC - Partido Independente para a Independência da Guiné e de Cabo Verde.
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Arlindo não percebe como é que a morna é já candidata a Património Mundial da Humanidade e a candidatura do Tarrafal a Património Mundial da Unesco ainda está em construção. "Um tipo dança e canta e tem valor e um tipo que lutou pelo país não tem valor", lamenta.