O Oceanário de Lisboa tem, este sábado, o Dia Aberto ao Professor, numa sessão com vários convidados e em que se discute a importância da literacia do oceano.
Corpo do artigo
TSF\audio\2017\10\noticias\21\21_outubro_2017_joao_alexandre_oceanario
Qual a importância de o público escolar estar bem informado sobre os oceanos? Como aproximar os professores deste tema?
Foi para discutir estes e outros temas - e também para a apresentar a programação do Oceanário de Lisboa para os próximos meses - que o Oceanário de Lisboa promoveu este Dia Aberto ao Professor e convidou para a conversa 'Literacia do Oceano em Maré Alta" várias personalidades ligadas ao mar.
TSF\audio\2017\10\noticias\21\joao_alexandre_oceanario_17h
"É uma conversa que tenta inspirar os professores a explorarem esta temática em sala de aula com os alunos. É importante promover o conhecimento do oceano, sem dúvida, mas, mais do que isso, sensibilizar alunos e professores para a sua proteção", diz Teresa Pina, responsável do departamento de educação do Oceanário de Lisboa, que, sublinhando que o tema dos oceanos faz parte da grande maioria dos currículos escolares, defende que é preciso que os professores "compreendam como é que o podem explorar de uma forma mais exaustiva".
Na conversa, participaram, entre outros, Francisco Lufinha, que fixou um novo recorde mundial da maior viagem de kitesurf em dupla ao percorrer 1.646 Km, juntamente com Anke Brandt, a recordista mundial alemã; Pedro Madureira, geólogo e adjunto do Responsável da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental portuguesa; Frederico Almada, biólogo e investigador do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente; e Ana Mira Vaz, Diretora Pedagógica do Colégio Pedro Arrupe e principal responsável e dinamizadora da criação do Currículo do Mar.
TSF\audio\2017\10\noticias\21\joao_alexandre_oceanario_19h
Nomes que tentam ajudar a sensibilizar professores e crianças para a proteção e o conhecimento dos oceanos, num país que em que 97% do território é composto por mar, com a área marítima portuguesa a ter perto de 3,8 milhões de quilómetros quadrados.
"É este amor que nós despertamos pelos oceanos que vai fazer as crianças pensar, interpretar o que se está a passar e fazê-los agir", lembra Teresa Pina, que afirma que se as matérias forem apresentadas de uma forma "mais atrativa" os alunos vão envolver-se com "entusiasmo". "Eles têm capacidade para agir, desde que lhes mostremos como", sublinha, salientando que os jovens têm de ser alertados para o facto de oceano ser "responsável pelo equilíbrio do planeta".
As novidades da programação do Oceanário de Lisboa
Entre outras descobertas, uma viagem até ao Oceanário pode servir, durante os próximos meses, para participar na atividade "Lineu online", que desafia os alunos do ensino secundário a conhecerem os sete princípios da literacia do oceano, por via de um contacto com sete personalidades da história e da ciência: Vasco da Gama, Darwin, Cousteau, Wegener, Lineu, rei D. Carlos I e padre António Vieira.
Além disso, o programa para 2017/18 conta com diversos ateliers: "Matemática debaixo de água", "Os Lusíadas" e "Oceano XXI, um enigma a bordo", que procuram combinam as ciências marinhas com a matemática, a língua portuguesa, a história e ou geografia.
Outra das atividades é o "Escanifoquê? À procura dos escanifobéticos do Oceanário", que apresenta as criaturas mais "escanifobéticas" do Oceanário.