Capicua falou de "Madrepérola" à TSF.
Corpo do artigo
"O disco chama-se "Madrepérola" numa clara alusão à maternidade, já que foi gravado durante e depois de uma gravidez e foi ele próprio um processo de longa gestação. Como um parto, é um disco de superação e renascimento. "Ostra feliz não faz pérola" é a frase (de Rubem Alves, autor e pensador brasileiro) que serve de abertura ao disco e ao seu primeiro single homónimo, precisamente porque as ostras só fazem pérola quando têm um grão de areia a incomodá-las. Vão cobrindo o grão de areia com uma baba e acabam por fazer uma pérola, numa metáfora perfeita para isto da gestão dos incómodos da vida e sua sublimação em arte e amor. A música e a maternidade têm tanto de beleza e abnegação, como de desconforto e superação. Não é por acaso que a ideia de "criação" serve para a arte e para os filhos e este disco fala de tudo isso."
TSF\audio\2020\03\noticias\01\01_marco_2020_entrev_capicua_miguel_fernandes
O novo disco está repleto de colaborações como nos singles "Madrepérola" ft. Karol Conka, "Último Mergulho" ft. Lena d"Água, "Planetário" ft. Mallu Magalhães e "Passiflora" ft. Camané, mas conta ainda com a participação de Catarina Salinas, cantando versos de Sophia de Mello Breyner Andresen em "A Minha Ilha", com o ator Pedro Lamares em "Cartas A Jovens Poetas" e com o fadista Ricardo Ribeiro no tema "O Quadrado Perfeito".
Capicua volta a juntar-se a Emicida e Rael (companheiros de "Língua Franca") para o último tema do disco - "Mátria" que conta também com o rapper Rincon Sapiência. Ride, Stereossauro, Virtus, Minus, Pedro Geraldes, Holly, D-One, Branko e PEDRO, são os beatmakers responsáveis pelos instrumentais de "Madrepérola".
O novo disco vai ser tocado ao vivo, em Março, no dia 20, no Teatro Aveirense, e no dia 4 de Abril no Teatro Rivoli, no Porto