As dificuldades de espaço do Hospital de São Bernardo vão "ter solução num prazo de tempo muito aceitável". Manuel Pizarro lembra que tem de ser feito um esforço conjunto.
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O ministro da Saúde reuniu-se esta terça-feira com o conselho de administração do Centro Hospitalar de Setúbal e reconheceu a qualidade do Hospital de São Bernardo. Contudo, Manuel Pizarro sublinhou que não podem ser ignorados os "constrangimentos e dificuldades", anunciando o arranque de obras para o próximo mês.
"A conclusão principal é a valorização deste hospital", disse o governante. "Temos aqui projetos inovadores e muito interessantes", acrescentou. O tratamento de doentes com insuficiência cardíaca, exemplificou, "combina muito bem os serviços do hospital".
No entanto, Pizarro não esquece as dificuldades e aproveitou a sua visita para anunciar que as obras de ampliação do edifício vão arrancar já em março.
Se as dificuldades em matéria de espaço vão "ter solução num prazo de tempo muito aceitável", considera, pelo contrário, as dificuldades ao nível de recursos humanos "são persistentes". Durante os próximos meses serão mantidas algumas medidas de contingência, como o funcionamento alternado entre as maternidades dos hospitais de São Bernardo e do Barreiro/Montijo aos fins de semana.
O ministro da Saúde assume que tem de ser feito um esforço conjunto e sublinha que, "embora não seja ideal", esta solução "garante qualidade de segurança e previsibilidade".
Pizarro referiu também que, a partir deste ano, o concurso para admissão dos jovens médicos será feito a partir das próprias instituições, o que permitirá facilitar o processo de contratação e contribuir para solucionar o problema de falta de médicos.
"É importante valorizar o hospital e dizer aos jovens e médicos profissionais que são bem-vindos. Este hospital tem futuro!", defendeu.
Questionado sobre o eventual encerramento do Hospital Ortopédico do Outão, Manuel Pizarro garantiu que "não há nenhuma razão para ter receio". Só depois da construção da unidade hospitalar, para onde serão transferidas "as urgências pediátrica e de adulto, a maternidade, o internamento de obstetrícia, todos serviços de saúde infantil e, ainda, a unidade de cuidados intensivos", é que haverá um debate sobre se há ou não condições para acolher também a área ortopédica.