"Esteve em causa, quando ele não interrompeu férias, a morte de mais de 60 pessoas"

O líder dos laranjas aconselhou a tutela a agir "com recato, com sentido de Estado"
João Relvas/Lusa
Rui Rio respondeu a Costa, e admitiu que esteve de férias, mas não afastado do panorama político.
Rio já respondeu a Costa, que havia dito que o líder do PSD estava pouco atento aos esforços do Executivo por se encontrar de férias. "O que esteve em causa quando ele não interrompeu as férias foi a morte de mais de 60 pessoas", disse.
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Rui Rio referiu que esteve de férias, mas não afastado do panorama político. "Eu tive mais ou menos 12 dias de férias e não estive ausente", apontou.
"O senhor primeiro-ministro, como nos devemos lembrar, quando houve o incêndio em Pedrógão, em que morreram mais de 60 pessoas [66 mortes]... O que está aqui em causa é eu entrar ou não entrar num circo mediático em quatro ou cinco dias", acusou o social-democrata.
O líder do PSD foi mais longe: "Mas o que esteve em causa quando ele [António Costa] pura e simplesmente não interrompeu as férias foi a morte de mais de 60 pessoas [66 pessoas]. Portanto, foi uma infelicidade enorme aquilo que António Costa referiu ontem [sexta-feira]."
Sobre a atuação do Governo nesta situação de greve, Rui Rio diz que também há culpas a atribuir. "Havia um elefante no meio da sala - que era o Governo -, que estava a criar um ruído, e a montar um circo, um drama que só dificultava qualquer solução. Caminhou agora para uma posição melhor, em que as partes já conseguem dialogar através do Governo."
Rui Rio espera, então, que o Governo possa "trazer as partes a um ponto de encontro", e reiterou que tem "esperança de que nos próximos dias se consiga".
O líder dos laranjas aconselhou a tutela a agir "com recato, com sentido de Estado, quase sem se dar" por ela, em vez de ser "o elefante que parte tudo".