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Portugal deve mais de 2,3 milhões de euros às autoridades da Estremadura espanhola por atrasos no pagamento da assistência às grávidas do Alentejo no Hospital de Badajoz, nos últimos anos.
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As dívidas foram divulgadas à agência Lusa pela vice-presidente e porta-voz da Junta da Estremadura, Cristina Teniente, que frisou que o montante é relativo a 2008, 2009 e 2010.
«Não foi recebido o pagamento de qualquer montante em dívida nem no ano de 2008, nem em 2009», tendo apenas sido liquidado um montante «praticamente simbólico em 2010», pelo que, «até ao dia de hoje, a dívida é de 2,33 milhões de euros», disse.
Cristina Teniente aludiu a estes dados numa conferência de imprensa em Mérida (Espanha), na sexta-feira passada, após uma reunião do governo regional.
Os atrasos de Portugal no pagamento dos montantes relativos à assistência às grávidas de Elvas e Campo Maior no Hospital Materno-Infantil de Badajoz foram um dos assuntos analisados fora da ordem de trabalhos, referiu a vice-presidente.
No encontro, adiantou, ficou acordado que o governo regional vai «dar os passos necessários, através de reuniões bilaterais», para resolver este «problema».
A responsável esclareceu que, apesar das dívidas, o serviço de assistência às grávidas alentejanas não será suspenso.
Contactado pela TSF, o Ministério da Saúde remeteu explicações para a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
Já a ARS do Alentejo remeteu esclarecimentos para a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, explicando que esta unidade tem autonomia administrativa, financeira e técnica, sendo por isso que recebe uma verba por cada habitante.
Por seu turno, a Unidade de Saúde do Norte Alentejano garantiu à TSF que está a reunir informações, prometendo um comunicado para o final da tarde de hoje.