Estudantes de várias faculdades de Lisboa concentram-se hoje, em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, para pedir mais financiamento para o ensino superior.
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O protesto tem por base um manifesto estudantil, que aponta a desistência de «milhares» de estudantes do ensino superior, por incapacidade financeira para pagamento de propinas, e a «degradação das condições materiais e humanas das instituições», como «a falta» de professores e funcionários e salas e auditórios «sobrelotados», informou uma das associações académicas participantes.
O manifesto "10%! Eles aguentam! Tu estudas!" propõe a aplicação de uma sobretaxa de 10% sobre os dividendos acima dos 20 milhões de euros, permitindo, assim, canalizar 1.665 milhões de euros para o ensino superior.
O documento assinala que «as faculdades, em asfixia financeira, vão privatizando cada vez mais serviços e criando mecanismos para sobreviverem», obtendo como receitas o «pagamento, pelos estudantes, de todos os emolumentos, multas e serviços administrativos».
Os estudantes alertam que, além do elevado preço das propinas, que pode ir até 1.036 euros, a ação social escolar nas universidades e institutos politécnicos «é cada vez mais insuficiente».
À concentração, marcada para as 16h00, em frente às instalações do Ministério, na avenida 5 de Outubro, aderiram pelo menos seis associações académicas de Lisboa, incluindo a da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, disse à agência Lusa Laura Almodôvar, membro da associação de estudantes.