Informação mais transparente, centros diferenciados e escolha livre do local de tratamento. São as principais diretrizes de um estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública, que interrogou um grupo de peritos sobre o atual modelo de financiamento dos cuidados de saúde prestados aos doentes com VIH.
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As conclusões apontam para algumas mudanças, desde logo, para um acompanhamento personalizado e diferenciado. A ideia não é cortar os laços com o médico de família.
Um doente com VIH tem necessidades que precisam de respostas multidisciplinares, como qualquer doente, mas no que diz respeito ao vírus da Sida, o seguimento deve ser feito em centros especializados.
Ana Escoval, coordenadora do estudo que ouviu um grupo de peritos nesta área, revela que a ideia é direcionar o tratamento para obter melhores resultados.
Outra conclusão deste estudo, que procura melhorar o financiamento e a eficiência dos cuidados aos doentes com VIH, remete para a liberdade do doente escolher o local onde quer ser tratado. Os critérios geográficos não se devem sobrepor à ligação de um doente com o seu médico de confiança. A continuidade da ligação entre ambos é considerada fundamental.
O estudo aponta, ainda, para a necessidade de haver um sistema de informação, uma espécie de raio-x, sobre o historial destes doentes porque a saúde deles também depende de fatores como a idade, por exemplo.
Ana Escoval e os peritos também consideram indispensável uma central de compras nacional para os medicamentos que fazem parte do tratamento desta doença. Afinal poupança também é eficiência.