Durante o primeiro mês do novo ano letivo os aluno vão poder rever aulas do 3.º período do último ano.
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As aulas do programa #EstudoEmCasa da RTP Memória vão regressar no próximo ano letivo e passam a incluir o ensino secundário, mas apenas na plataforma 'online', foi esta quarta-feira anunciado.
A informação foi apresentada pelo ministro da Educação e pelo presidente da RTP, numa conferência de imprensa conjunta na sede da estação pública, em Lisboa.
No primeiro mês do ano letivo, já a partir de dia 14 de setembro, os alunos vão poder voltar a assistir a aulas transmitidas durante o 3.º período, para acompanhar o trabalho de consolidação de aprendizagens que será feito nas escolas. As aulas novas começam em 19 de outubro.
Nos primeiros meses do #EstudoEmCasa, criado âmbito da pandemia de Covid-19, só foram gravadas aulas para o ensino básico, do 1.º ao 9.º ano de escolaridade. A partir deste ano, os estúdios da RTP vão passar a receber também os professores do secundário, mas as aulas só vão ser disponibilizadas na plataforma 'online'.
Outra das novidades é a separação dos conteúdos do 1.º e 2.º anos, que no ano passado tinham aulas conjuntas, uma alteração que o ministro da Educação considerou importante, uma vez que "as crianças do 1.º ano tem outro tipo de vicissitudes e necessidades".
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No próximo ano vai haver também um novo bloco de conteúdos não-curriculares, dedicado à organização do trabalho autónomo, que os três meses de ensino mostraram ser, na opinião do ministro, tão importante.
O #EstudoEmCasa foi para o ar em 20 de abril, numa altura em que as escolas estavam encerradas e os alunos tinham aulas 'online', com o objetivo de servir como um recurso complementar e ajudar a minimizar as dificuldades de muitos estudantes no acesso ao ensino a distância.
No entanto, a proposta da RTP é que este projeto vá além do contexto da pandemia e que os conteúdos educativos se tornem permanentes na programação.
"Aquilo que é criado numa situação de emergência, mas tem méritos permanentes, merece ser continuado e merece ser tornado uma parte constante da oferta da RTP", sublinhou o presidente da estação, Gonçalo Reis.
Também para o ministro da Educação, esta ferramenta é uma mais-valia, que ultrapassa o contexto atual da pandemia da covid-19 e o ensino a distância e que servirá, sobretudo, para "coadjuvar o ensino presencial".
"É importante que cada vez mais se produza um conjunto de recursos educativos, que possam passar na televisão, que possam ser multiplataforma, e o que aqui estamos a fazer é isso mesmo, que o #EstudoEmCasa perdure no tempo", sublinhou o ministro.
Tiago Brandão Rodrigues reconheceu, no entanto, que, não sendo uma solução "de recurso", estas aulas fazem parte de uma solução "que segue o curso do ensino-aprendizagem" e, por isso, poderão ser utilizadas em regime misto ou a distância, ainda que o presencial deva ser, sempre que possível, a regra.
A grelha do #EstudoEmCasa na RTP Memória, que no próximo ano também vai ter transmissão de alguns blocos na RTP Internacional, ainda não é conhecida, mas as aulas do ensino básico deverão ocupar o canal entre as 09h00 e as 16h30.