Europeias: BE quer normas para integrar pessoas com deficiência no mercado de trabalho
O Bloco de Esquerda começou esta fase de campanha oficial em Torres Novas com uma visita a um centro de reabilitação para deficientes. Momento para a candidata Marisa Matias dar voz a quem não a tem.
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A cabeça de lista do BE às europeias, Marisa Matias, defendeu hoje a criação de normas europeias de harmonização relativamente à integração das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, denunciando o incumprimento da legislação nacional nesta matéria.
A criação destas normas foi a última proposta que Marisa Matias fez neste mandato no Parlamento Europeu, tendo voltado a este tema na primeira ação do dia de arranque oficial da campanha para as europeias, com uma visita ao Centro de Reabilitação e Integração Torrejano, em Torres Novas.
«Nós estamos a falar de uma situação em que a integração das pessoas com deficiência no mercado de trabalho nas áreas da formação tem sido muito atacada», criticou, denunciando que a maioria dos alunos neste centro não tem direito a bolsa.
A bloquista lamentou ainda que estas populações são das que «estão a ser deixadas mais abandonadas no contexto da crise económica e social».
Na opinião da eurodeputada recandidata, «da Europa não pode vir só más notícias e não pode só vir castigo» mas «tem que vir alguma coisa que seja positivo para a vida das pessoas». Por isso a candidata promete continuara lutar no Parlamento Europeu, pelos direitos dos deficientes.
«Em Portugal temos quotas de integração de pessoas portadoras de deficiência e não são cumpridas. Parece que em Portugal só se cumpre o que vem de fora e portanto que venha de fora alguma norma nesse sentido para ver se se começa a cumprir aquilo que já é legislação nacional mas que ainda não está posta em prática», sublinhou.
Marisa Matias percorreu várias salas de formação profissional em áreas como serralharia, costura, olaria ou encadernação, tendo tido até tempo para aprender a dizer em língua gestual o seu nome.