As eleições para o Parlamento Europeu registaram hoje em Portugal uma abstenção entre 61 e 66 por cento por cento, segundo a RTP, e entre 62,2 e 66 por cento, segundo a SIC. Na europa, a participação aumentou na maior parte dos grandes países.
Corpo do artigo
De acordo com a projeção avançada pela RTP, estimada pela Universidade Católica, a abstenção situa-se entre os 61 e os 66 por cento. A estimativa da Eurosondagem para a SIC avança com uma abstenção estimada de 62 a 66 por cento.
Os dados oficiais indicavam uma afluência às urnas de 26,3 por cento às 16:00, semelhante à registada à mesma hora em 2004, 26,8 por cento.
A abstenção nas eleições realizadas a 07 de junho de 2009 foi de 63,22%.
Até hoje, o valor recorde foi registado em 1994, com 64,46 por cento de eleitores a optarem por não votar.
As urnas encerraram em Portugal continental às 19:00 e encerram às 20:00 nos Açores.
Perto de 9,7 milhões de eleitores foram chamados a eleger os 21 deputados portugueses no Parlamento Europeu, menos um do que há cinco anos.
No total, concorreram 16 listas, mais três do que nas europeias de 2009.
Participação sobe nos países maiores
A participação nas eleições europeias aumentou na maior parte dos grandes países, mantendo-se acima do esperado na União Europeia em geral, segundo os primeiros resultados.
Em França, a taxa de participação às 17:00 (16:00 em Lisboa) era de 35,07%, mais dois pontos percentuais que a registada à mesma hora em 2009, segundo números do Ministério do Interior.
A taxa final há cinco anos foi de 40,63% em França, que elege 74 eurodeputados.
Na Alemanha, que elege 96 deputados ao Parlamento Europeu, a participação às 14:00 (13:00 em Lisboa) era de 25,6%, mais cinco pontos percentuais que à mesma hora há cinco anos, quando a taxa de participação era de 20,2%.
Em 2009, a Alemanha teve uma taxa de participação final de 43,3%.
Em Espanha, que elege 54 eurodeputados, a participação registava hoje uma ligeira subida em relação a 2009, com 34,08% às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), contra 33,79% em 2009.
Em vários dos países mais pequenos também se registou uma subida da participação.
Na Croácia, que aderiu à UE em 2013 e elege 11 eurodeputados, a participação às 09:00 locais (10:00 em Lisboa), quatro horas depois da abertura das urnas, era de 7,53%, 1,64% mais elevada que na primeira eleição europeia no país, realizada em 2013, em que a participação final foi de 20,84%.
Com a tendência contrária estão países como Malta, onde a participação é tradicionalmente elevada, mas que hoje registou a maior taxa de abstenção de sempre, com apenas 25% de participação.
Os países da Europa Central e de Leste são normalmente pouco participativos nas eleições europeias, tendo em 2009 registado uma taxa média de abstenção de 67%, contra uma taxa média na Europa ocidental de 48%.
A Eslováquia deve este ano repetir o recorde de abstenção atingido há cinco anos, de 80%. Segundo estimativas não oficiais, a taxa de participação da eleição de sábado deverá ser de entre 13% e 15%, bem menos que os 19,64% de 2009 e os 16,97% de 2004.
Na Polónia, que elege 51 eurodeputados e onde há cinco anos a abstenção atingiu os 75%, a taxa de participação a meio do dia era de 7,31%, um pouco acima dos 6,65% registados à mesma hora em 2009.
A Letónia, que votou no sábado, a abstenção foi de quase 70%, segundo a comissão eleitoral nacional.
Na Roménia, a meio do dia de hoje, a participação era de 12,54% e, segundo as previsões, deverá chegar aos 30%.