Francisco Assis, cabeça de lista do PS nas eleições europeias, disse segunda-feira estar «cada vez mais convencido» de uma «vitória clara» contra a Aliança Portugal.
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«Vamos ganhar. Estou cada vez mais confiante e convencido disso. E não sou dado a excessos (...). Mas estou cada vez mais convencido que vamos ter uma vitória clara nestas eleições europeias, que com isso talvez contribuamos já para mudar a Europa, mas contribuiremos decerto para começar a mudar já o nosso país», disse Assis num comício em Viseu, no final do primeiro dia oficial da campanha.
Portugal, declarou o socialista, «está cansado» da «linha de orientação política» de um Governo «extremista e radical» que motiva habituais votantes em PSD e CDS a procurar outros partidos onde votar, disse Assis.
Assis alertou ainda para «uma das ideias mais perigosas» que PSD e CDS-PP «querem colocar na sociedade», a «demonização do investimento público».
«Quando falam em empreendedorismo (...) falam parecendo ignorar que por detrás de qualquer empreendedor tem de estar um bom sistema de ensino, um bom sistema de ensino superior, um bom sistema de investigação científica, um conjunto de infraestruturas fundamentais», alertou.
Paulo Rangel, cabeça de lista da coligação de direita, quer «apagar de um momento para o outro» com um «labelo demagógico de despesismo» todas as infraestruturas e condições criadas para a investigação e desenvolvimento, disse ainda Francisco Assis.
«Essa ideia do despesismo é das ideias mais perigosas que se está a querer colocar na sociedade portuguesa. Quando falam em despesismo querem por em causa toda e qualquer intervenção do Estado, toda e qualquer intervenção pública», sublinhou.
Em Viseu, o auditório do Instituto Politécnico encheu para uma sessão em que o cabeça de lista do PS, Francisco Assis, contou com a presença de José Junqueiro, número 13 na lista do PS ao Parlamento Europeu, Correia de Campos, natural de viseu e atual eurodeputado elas listas socialistas e ainda Basílio Horta.
O atual presidente da Câmara de Sintra, pelo PS, discursou no mesmo distrito pelo qual já foi eleito como deputado, mas nas listas do CDS. Um discurso em que aproveitou para reforçar a ideia de que o combate das europeias é já uma antecâmara das eleições legislativas de 2015.
«Temos de lutar em nome de todos aqueles que querem um Portugal mais justo, com equidade, com decência, onde as pessoas tenham paz de consciência (mesmo os ricos). O dia 25 de maio é o primeiro dia da vitória de 2015 [legislativas] e não pode ser uma vitória qualquer, tem de ser uma vitória onde o povo português diga chega, basta», declarou Basílio Horta a terminar o seu discurso, perante uma prolongada salva de palmas.