A ministra da Saúde admite que, em casos de elevado sofrimento, a decisão de pôr termo à vida deve ser pessoal e por isso respeitada.
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A ministra da Saúde é a favor do direito à eutanásia e acredita que essa é uma decisão individual. Em entrevista à TSF/DN, Marta Temido defende que há um limiar de sofrimento e de limite de vida que tornam esse passo uma decisão de cada um.
"Tendo passado por situações - embora não seja prestadora de cuidados -, mas tendo passado por situações, quer em termos profissionais, quer em termos pessoais, de um enorme sofrimento de pessoas colocadas em situação de última fase de vida, não posso negar que há um limiar de sofrimento e de limite de vida que me façam dizer que essa é uma decisão individual", admite Marta Temido.
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Em maio de 2018, o tema foi votado e chumbado no Parlamento. Na altura, foram apresentados quatro projetos que pretendiam despenalizar a eutanásia e PCP, CDS e mais de 80 deputados do PSD deram a maioria ao 'não' e não permitiram que a morte medicamente assistida fosse legalizada em Portugal.
O tema deve ser discutido na presente legislatura, sendo que deputados do Bloco, PAN e PS apontaram o primeiro trimestre do ano como o ideal para discutir o tema. Desta vez a votação pode ter um destino diferente, tendo em conta distribuição dos deputados. Dos novos partidos com assento parlamentar, Livre e Iniciativa Liberal já mostraram ser a favor da despenalização.
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