Ex-juiz do Tribunal de Contas não percebe alarido à volta de buraco orçamental na Madeira
Em declarações à TSF, Carlos Moreno disse que não ficará surpreendido se aparecerem buracos orçamentais semelhantes aos da Madeira a nível local.
Corpo do artigo
Um antigo juiz do Tribunal de Contas diz não perceber o alarido que rodeia a questão do buraco orçamental do Madeira, depois de terem surgido outras dívidas do género em Portugal.
«Este coro, diria de virgens enganadas, que agora surge a apontar o caso excepcional da Madeira, mas não é do que as antigas virgens que, duma forma habilidosa, esperta e dissimulada, criaram outras dívidas que têm custado imensos sacrifícios aos portugueses», disse Carlos Moreno.
Em declarações à TSF, este ex-juiz do Tribunal de Contas, que exerceu funções nesta instituição durante 15 anos, disse ainda que não ficará surpreendido se aparecerem outros buracos orçamentais em Portugal.
«Ao nível das autarquias, centenas de empresas públicas e fundações foram criadas. É lícito presumir que também a nível das autarquias se venham a descobrir que essas empresas e fundações serviram para desorçamentar», adiantou.
Carlos Moreno recordou que é provável que estas instituições tenham servido para «tirar do orçamento e das contas das autarquias despesa», que depois de descoberta «dá origem ao buraco».