Ex-militar marcado por 4 guerras gostava de ver capitães de abril a discursar na AR
José Rufino, ex-militar marcado por quatro guerras e presidente da Delegação da Associação de Deficientes das Forças Armadas no Algarve, gostava de ver os militares de abril a discursar na Assembleia da República no 25 de abril e lembra que todos os que estão no Parlamento devem essa liberdade aos capitães de abril.
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José Rufino, 81 anos, passou por várias guerras ao serviço de Portugal. Índia, Timor, Moçambique e Angola fazem parte do seu currículo. Na Índia, em 1961, foi prisioneiro de guerra num campo de trabalhos forçados.
Nos seis meses em que esteve preso na Índia, José Rufino emagreceu 18 quilos. Foi reformado por invalidez depois de ter sido ferido por um engenho explosivo em Angola.
E após a revolução fez vários poemas, um deles dedicado aos capitães que lhe deram a liberdade.
Este militar considera que o povo português tem uma dívida de gratidão para com os capitães de Abril e considera que o seu lugar nos 40 anos da Revolução é, sem dúvida, no Parlamento.
A guerra colonial marcou gerações, lembra este homem que, quase sem ver, se reformou apenas com o posto de 1º sargento, um poeta popular que vai rimando tendo o 25 de Abril como mote.