Alteração foi referida pelo ministro da Educação, em entrevista à TVI, devido à pandemia do novo coronavírus.
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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em entrevista à TVI esta quinta-feira, afirmou que as notas de conclusão do Ensino Secundário e de acesso ao Ensino Superior vão ficar separadas, ficando os exames nacionais apenas para quem quer prosseguir os estudos no Ensino Superior.
"As provas contam única e exclusivamente para a entrada no Ensino Superior. As notas de cada uma das disciplinas são atribuídas pela nota interna. É uma separação do que é a conclusão do Ensino Secundário, quem faz os exames é quem quer ir para o Ensino Superior", assegurou Tiago Brandão Rodrigues.
Apesar de as aulas, devido à pandemia, não poderem continuar a ser presenciais, Tiago Brandão Rodrigues sublinhou a importância deste tipo de ensino e reiterou que a classe educativa tem passado por um "grande sacrifício" nas últimas semanas, mas "tem valido a pena".
Ministro da Educação não dá certezas do regresso às aulas do 11.º e 12.º anos em maio
Para já, o regresso dos alunos do 11.º e 12.º anos às aulas no dia 4 de maio ainda não é uma certeza.
"Temos a certeza que ainda temos muitas incertezas. Obviamente que estar na escola e ir à escola tem uma importância muito grande. Mais cedo ou mais tarde vamos ter que começar a afrouxar medidas. Não sabemos quando, não sabemos como", garantiu o ministro da Educação.
Se regressarem às escolas para frequentar as aulas será para "continuar a dar matéria", enquanto os alunos do Ensino Básico e 10.º "não voltarão à escola". O grande objetivo do Governo é garantir que os exames são feitos, nem que seja em pavilhões ou espaços abertos.
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"Mal seria se no mês de julho a sociedade portuguesa estiver com um nível de confinamento igual ao de agora", comentou Tiago Brandão Rodrigues, questionado sobre um "plano B" caso não seja possível realizar os exames.
No ensino básico, as aulas vão ser à distância. Algo que, para o ministro, não é uma novidade para o sistema de ensino português. As escolas até já receberam "um conjunto de ferramentas e recursos", mas cada professor, "que conhece as suas turmas e os seus alunos", é que optará pelas melhores formas de avaliação.
"É importante dar a todas as famílias a possibilidade de acompanharem" as aulas à distância, seja pela "internet, telefone ou correio". O Governo propõe-se por isso a emitir as aulas na RTP Memória, disponível na TDT, com blocos "organizados por dois anos letivos, do primeiro ao nono".
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