A mãe da aluna com dislexia que viu negada pelo Júri Nacional de Exames a possibilidade de realizar as provas finais do 9.º ano em sala separada com leitura de enunciados, vai recorrer do caso para a justiça.
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A mãe da Constança, uma jovem de 14 anos com dislexia a quem foi negada a leitura acompanhada para as provas finais do 3.º Ciclo, medida que tem sempre feito parte do seu percurso escolar, revelou que vai interpor um processo no tribunal administrativo.
«Ninguém toma uma postura, eu tomei esta decisão porque me parece que é anti-constitucional», salienta Mafalda Alves, referindo que é uma «injustiça enorme» o Governo ter retirado as medidas aos alunos «a um mês dos exames, sem aviso prévio».
O exame do 9º ano de português é já amanhã e a filha vai realizá-lo porque pediu, mas Mafalda Alves apesar de acreditar que ela vai ser bem sucedida lamenta que não vá estar em pé de igualdade com os outros alunos.
«Penso que a minha filha irá superar as provas, porque está a ser preparada e porque é uma lutadora, mas este é um caso particular, de uma criança que tem uma estrutura familiar, que a apoia e que cria as autonomias que o próprio ministério devia criar e não cria. Isto não é um processo em nome só da minha filha, mas de todos os meninos que estão nas mesmas condições», salienta.