
Cesariana
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O Ministério da Saúde vai lançar em breve uma campanha de informação para reduzir o número de cesarianas e admite adoptar novas medidas para conseguir esse objectivo.
Os últimos dados, de 2009, mostram que 35 por cento dos partos realizados em Portugal são cesarianas, o que faz da taxa do país uma das mais altas da Europa.
A ministra da Saúde quer inverter esta realidade e rapidamente. Em breve vai ser lançada uma campanha nacional para esclarecer as futuras mães com a mensagem que a cesariana só deve ser opção em casos excepcionais.
Essa campanha servirá para a «desmistificação das vantagens e desvantagens da cesariana», que não pode ser feita a pedido do casal, mas sim com base em «critérios estritamente clínicos», afirmou a governante.
Ana Jorge assistiu, esta segunda-feira no Porto, à apresentação do relatório da Comissão para a Redução da Taxa de Cesarianas. O grupo, do qual fazem parte médicos obstetras, neonatologistas e enfermeiros, avança com dez medidas.
Indexar o financiamento dos hospitais ao número de cesarianas e criar um programa informático único com todos os dados são algumas das medidas propostas que a ministra não descarta adoptar.
«Umas são da prática dos profissionais de saúde e essas podem ser de implementação imediata», afirmou Ana Jorge, acrescentando que «o Norte poderá avançar mais dado» neste campo, uma vez que «já fez trabalho até agora».
Seja qual for o futuro das medidas apresentadas esta segunda-feira, a titular da pasta da Saúde garante que nenhuma decisão será tomada com base em critérios economicistas.