Exército compreende decisão de desistência de programa de compra de helicópteros
Reagindo à decisão de desistência do programa de compra de 10 helicópteros NH90, o porta-voz do Exército que recorda que o «Exército não está alheio nem imune» às restrições orçamentais.
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O porta-voz do Exército considera que a decisão do Governo de desistir do programa da NATO que envolvia a compra de 10 helicópteros NH90 é «política» e que é compreensível tendo a conta a crise que o país está a atravessar.
Em declarações à TSF, o tenente-coronel Jorge Pedro explicou que esta decisão «política que extravasa a competência do comandante do Exército».
«O Exército compreende que face às restrições orçamentais às quais o Exército não está alheio nem imune teve que ser tomada essa decisão», explicou.
Contudo, o porta-voz do Exército lembrou que Portugal é dos poucos países da NATO que não dispõe de helicópteros deste género e que estes são necessários em caso de conflito.
«Continuamos a achar que necessitamos destes helicópteros para o levantamento da capacidade aeromóvel, mas face à situação que estamos a atravessar, compreendemos perfeitamente a decisão tomada pelo poder político», acrescentou.
Sobre esta questão, o porta-voz do Exército disse «não ter qualquer expectativa de prazo para retomar este programa».
O tenente-coronel Jorge Pedro referiu ainda que o Exército tem 12 pilotos preparados para operar este tipo de helicópteros, estando por agora alguns em Espanha.
«Relativamente a Espanha, o protocolo enquanto for possível vai manter-se e aí eles mantêm a qualificação e vão operando os meios», adiantou.
Já no que toca aos restantes pilotos e aos que eventualmente venham a regressar de Espanha e dos contratos com a EMA, «estão a ser estudadas dentro das Forças Armadas soluções para empregar esses pilotos».