Exército disponibiliza 1600 camas na região de Lisboa para alojar polícias durante JMJ
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública já avançou que são 2700 os polícias de outros comandos da PSP que vão reforçar a segurança em Lisboa.
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O Exército tem 1600 camas na região de Lisboa para alojar os elementos das forças de segurança destacados para o policiamento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), revelou esta quarta-feira o Chefe do Estado-Maior do Exército.
Durante uma visita à sede do Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, no Beato, Eduardo Mendes Ferrão destacou o apoio que o Exército vai prestar durante o encontro mundial, que se realiza entre 1 e 6 de agosto e contará com a presença do Papa Francisco.
Eduardo Mendes Ferrão disse à Lusa que o apoio do Exército à JMJ não se restringe apenas à zona de Lisboa, sendo também alargado a Fátima, onde o Papa Francisco estará em 5 de agosto.
"O apoio do Exército tem-se materializado em transportes, alojamento e, pontualmente, em alimentação, isto em instalações fixas. Depois vamos montar instalações móveis com tendas e um alojamento em pavilhões para os peregrinos e forças de segurança que vão deslocar-se para a região de Lisboa", precisou.
"Na zona de Lisboa as instalações são fixas e vão ser maioritariamente ocupadas pelas forças de segurança", disse o Chefe do Estado-Maior do Exército, avançando que, "neste momento, estão preparadas 1600 camas para os elementos" da PSP e da GNR.
O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública já avançou que 2700 polícias vêm de outros comandos da PSP para reforçar a segurança em Lisboa durante a JMJ e a forma como vai ser feito o alojamento e alimentação destes agentes tem levantado dúvidas por parte dos sindicatos da PSP.
Eduardo Mendes Ferrão disse também que o Exército vai dar "um grande apoio em Fátima", como já é tradição, onde vai montar uma tenda com capacidade para alojar à volta de 400 pessoas.
Na Gafanha da Nazaré e Vendas Novas são outros locais onde o Exército vai disponibilizar alojamentos.
Questionado sobre o efetivo que vai estar afeto à JMJ, respondeu que o Exército vai estar "todo mobilizado" e "em prontidão para apoiar" o encontro mundial de jovens com o Papa e responder às solicitações do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna.
Além do transporte, alojamento e alimentação, o Exército terá ainda "outras capacidades que estarão em prontidão" para responder às necessidades do funcionamento da JMJ em caso de necessidade, disse ainda.
Na reunião com o presidente da Fundação JMJ e coordenador-geral, Américo Aguiar, o Chefe do Estado-Maior do Exército deu conta que, na Gafanha da Nazaré, vão ser montadas 34 tendas para 420 pessoas, no Santuário de Fátima, 27 tendas para 344 pessoas, na Casa das Palmeiras, no Bombarral, serão disponibilizadas nove tendas para 104 pessoas.
"Para além destes apoios, ainda em fase de decisão final, disponibilizamos parques de estacionamentos e cedência de outros espaços, para fins específicos como ensaios e treinos", disse.
Eduardo Mendes Ferrão indicou ainda que os apoios vão estar concentrados nos distritos de Lisboa, Santarém e Leiria, mas podem abranger outras zonas do país, sublinhando que, além da particularidade do dispositivo, as valências do Exército permitem "assegurar a apropriada capacidade de resposta a diversos cenários de apoio ou intervenção".
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto em Lisboa, sendo esperados cerca de 1,5 milhões de pessoas.
A edição deste ano contará com a presença do Papa Francisco, que estará em Portugal entre 2 e 6 de agosto.
A JMJ de Lisboa esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.