O líder do PS defendeu também que Portugal «precisa» de um novo Governo e responsabilizou o Executivo pela falta de acordo com os professores.
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António José Seguro, que participa numa reunião de líderes dos partidos socialistas de países do sul da Europa, a decorrer na capital francesa, foi questionado pelos jornalistas sobre notícias que dão conta de uma alegada divisão entre PSD e CDS sobre os efeitos de pagar já o subsídio de férias, o que considerou ser «mais um sintoma da crise que existe na coligação» governamental.
«É mais um sintoma da crise que existe na coligação desde setembro do ano passado, desde que foi anunciada a TSU [Taxa Social Única]. Essa crise é uma crise permanente e, portanto, é mais um episódio», disse o secretário-geral socialista, em resposta aos jornalistas.
Seguro lamentou a situação, afirmando que Portugal precisa de um Governo com «energia», «mais coesão» e que consiga retirar o país da crise e voltou a defender a realização de eleições antecipadas.
«O país precisa de um novo Governo, que tenha uma nova ambição, um novo projeto e beneficie de uma base de legitimidade popular. É a minha posição desde sempre», declarou o secretário-geral do PS.
Seguro responsabiliza Governo por falta de acordo com os professores
Nas respostas ao jornalistas, Seguro foi também questionado sobre a contestação dos professores.
O líder do PS responsabilizou o Governo pela inexistência de um acordo com os professores e disse que o executivo «errou» ao ter rejeitado a proposta dos docentes de reagendar exames para dia 20.
«Os professores ofereceram uma solução - a realização dos exames no dia 20 -- e o Governo recusou. Eu considero que o Governo é responsável por esta situação», reiterou o secretário-geral socialista, acrescentando considerar que «foi errado» o Governo ter rejeitado esta proposta, porque permitiria «que os alunos pudessem realizar os seus exames tranquilamente, como deve ser num Estado de direito».
Seguro voltou a apelar ao bom senso, argumentando que «há posições de parte a parte» e que os professores estão a defender os seus «interesses e os seus direitos» que afirmou serem os «seus postos de trabalho».
O secretário-geral do PS afirmou ainda que o executivo terá de dizer porque rejeitou a realização de exames no dia 20.