"Expectável num evento de larga escala." APAV continua a receber pedidos de apoio após JMJ
A coordenadora da APAV para o maior evento da Igreja Católica fala em "crimes patrimoniais, descriminação, ofensas à integridade física e ameaças de coação".
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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) continua a receber queixas por parte dos peregrinos, três dias após o fim da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), algo que, considera a associação, era "relativamente expectável num evento de larga escala".
Em declarações à TSF, Carla Ferreira, assessora técnica da direção da APAV, sublinha que, como os pedidos de apoio ainda estão a ser feitos, não é possível avançar "com balanços de fecho de números", até porque grande parte das pessoas só pede ajuda após regressar a casa.
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"Nós ainda estamos a receber pedidos de apoio, que era algo que também já esperávamos que viesse a acontecer porque muitas vezes as pessoas procuram esse apoio já depois de regressarem aos seus locais de origem", explica a assessora técnica.
Esta foi a primeira vez que a JMJ teve um espaço dedicado às vítimas, de forma gratuita e confidencial, e a APAV já recebeu, até agora, dezenas de queixas - sobretudo de furtos, mas também episódios de violência. A coordenadora da APAV para o maior evento da Igreja Católica faz um balanço positivo do trabalho realizado pela associação.
"Estamos a receber situações que eram mais ao menos as esperadas - que têm a ver com situações mais prováveis de acontecerem eventos de larga escala -, que estão mais ligadas às situações de crimes patrimoniais. Temos outras situações de violência, mas ainda estamos a analisar. Podemos falar de situações de descriminação, ofensas à integridade física, de ameaças de coação", aponta.
Carla Ferreira destaca ainda que o apoio ainda não terminou e avança que a linha telefónica da APAV - 116 006 (número gratuíto) - está aberta entre as 08h00 e as 22h00.