Extinção da figura dos governadores civis impediu resolução dos problemas na noite
Nos 30 anos da TSF, e num debate sobre a segurança na noite, a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna justifica desta forma o porquê de tão poucos estabelecimentos noturnos fecharem.
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São muito poucos os estabelecimentos noturnos a serem fechados pelas autoridades, apesar de uma avaliação recente da PSP e GNR ter identificado 70 discotecas e bares de risco.
Para explicar esta situação, Isabel Oneto, secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, explica que a competência para mandar fechar e encerrar estes espaços era dos governadores civis e desde que estas figuras foram extintas o Governo não usou esta prerrogativa.
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"Os governadores civis tinham a autoridade de proceder ao encerramento dos bares e discotecas, perante os relatórios das forças de segurança. Com a extinção dos governadores civis, o Governo deixou de deixar essa prerrogativa, pese embora o diploma que os extingue e reparte as suas competências por outras entidades determina que as competências que não fossem atribuídas expressamente a outras entidades passavam para o ministro da Administração Interna. O que o ministro fez recentemente foi utilizar isso, mas perdeu-se um pouco esse trabalho de análise e proximidade e de resolução imediata do problema. Isso já foi retificado, voltámos a utilizar a norma que o permite, mas houve uma ausência de acompanhamento e até agora nenhuma medida tinha sido tomada."
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