A Casa Pia inaugura este ano letivo um laboratório especializado em áreas que vão desde a microeletrónica, maquinação, impressão 3D à robótica. É nova menina dos olhos da instituição.
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Ao entrarmos no laboratório deparamo-nos de imediato com as batas penduradas num cabide, características dos investigadores. Numa grande mesa, em frente, é possível observar alguns protótipos de drones. Explica Renato Florentino, diretor do colégio, "que é um dos novos projetos que está a ser desenvolvido no arranque do novo ano". A sala onde estamos é descrita como um "espaço de explosão de ideias". É aqui que são dados os primeiros passos dos projetos que nascem da cabeça da comunidade escolar.
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Na sala seguinte encontramos vários aparelhos que permitem materializar as ideias. Por exemplo, ali do lado esquerdo, estão duas máquinas em forma de cubo com um dispositivo que se vai movendo em vários sentidos. São impressoras 3D "que permitem trabalhar qualquer tipo de forma, em plástico", explica Renato Florentino. Foi nesta máquina que foram feitos aquelas fotografias 3D depositadas em cima de um retroprojetor, uma das potencialidades da impressora.
O diretor do colégio sublinha que "todos os professores da instituição estão afetos a este Fab Casa Pia embora o núcleo duro seja constituído por 10 docentes". Quanto aos alunos, o laboratório está de portas abertas desde "os alunos de mais tenra idade, da primária, até adultos".
Ricardo tem 14 anos. É um apaixonado pela robótica e esteve recentemente envolvido na construção de um robot "para um competição de corrida de de obstáculos, dança e corrida com outro robot". Uma competição da Robo Party. Mas Ricardo tem outros voos. Gostava de desenvolver robots para substituírem os humanos nas fábricas. Explica que "se ninguém trabalhar, deixa de ser necessário o dinheiro, o país pode autossustentar-se. Passaremos a ter uma melhor qualidade de vida".
O projeto do laboratório enquadra-se no novo projeto pedagógico da Casa Pia iniciado há três anos. Um modelo que aposta na conceção e desenvolvimento de projetos como forma de aprendizagem. Uma formação com uma componente mais prática, centrada no aluno, e menos voltada par a aprendizagem tradicional na sala de aula.
O modelo já foi adotado em 86 das perto de 200 turmas do colégio Casa Pia. O objetivo é alargá-lo a todos os alunos no ano letivo de 2021/2022.