Falência da Thomas Cook. Madeira ficará com "um vazio prejudicial para Portugal"
O diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira afirma que é urgente tomar medidas e encontrar novos operadores, porque, caso contrário, os próximos meses serão difíceis.
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Para além do Algarve, também o turismo da Madeira teme as consequências da falência da britânica Thomas Cook, uma empresa de viagens com quase 180 anos de História que deixa um rasto de dívidas e deixa também apeadas em vários locais do mundo centenas de milhares de pessoas.
À TSF, José Alberto Cardoso, diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira, confirma que muitos turistas ingleses que estão no arquipélago terão de ser repatriados com a ajuda do Governo: "Sabemos que são muitos, mas também sabemos que já há uma centena de aviões a tentar fazer o repatriamento destas pessoas."
O diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira garante que a falência da Thomas Cook vai ter um impacto grande no turismo da região. José Alberto Cardoso não tem números, mas garante que são muitos os que vão ter que ser repatriados da ilha.
"Vai haver um vazio. Terá de haver outros operadores para substituir, e este compasso é que será muito prejudicial não só para a Madeira, como para Portugal", aponta José Alberto Cardoso.
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O diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira afirma que é urgente tomar medidas e encontrar novos operadores, porque, caso contrário, os próximos meses serão difíceis.
Em declarações à TSF, o fundador e vice-presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) assevera que os prejuízos podem "ascender a milhões de euros, no caso do Algarve". "O impacto é enorme, enormíssimo. A Thomas Cook opera em vários países europeus, sobretudo nos principais emissores de turistas para o Algarve; não apenas no Reino Unido, mas também na Alemanha e na Holanda", esclarece Elidérico Viegas.
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Menos pessimista é Pedro Costa Ferreira. O Presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo garante que as consequências para Portugal não serão catastróficas, já que, no imediato, a falência da Thomas Cook tem um impacto reduzido no mercado nacional.
"Penso que, em Portugal, os efeitos serão relativamente reduzidos. O Algarve já tinha abandonado as operações com linhas próprias. A dimensão da atividade do grupo no Algarve já era relativamente reduzida", assegura Pedro Costa Ferreira.
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Pedro Costa Ferreira não tem ideia do número de turistas afetados pela falência do operador turístico em Portugal, mas fala em "centenas de turistas pela Thomas Cook no Algarve".
Neste momento, a grande preocupação passará por restaurar a confiança do mercado inglês, que seguramente vai sofrer uma quebra, de acordo com o Presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo.
Em Espanha, esta manhã já foram cancelados 46 voos desta operadora.
Pode consultar aqui tudo o que precisa de saber sobre a crise da Thomas Cook.