
Curso de guarda-costas, Braga
TSF/Liliana Costa
A crise, com falências, divórcios e processos de partilhas, está a animar o mercado da segurança privada, com cada vez mais pessoas a recorrer aos serviços de um guarda-costas.
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A empresa Raven - International Security Academy, que se assume como líder de mercado, está a promover em Braga o primeiro de dois cursos de bodyguard internacional que prepara os formandos para proteção de ricos e famosos sujeitos às mais diversas ameaças.
«Temos ricos e famosos mas muitos dos nossos clientes são pessoas anónimas que recorrem aos nossos serviços quando se sentem ameaçados em processos de partilhas, divórcios, falências», revela Rui Silva, dono da Raven e CPO (Close Protection Officer) certificado.
Antigos militares, seguranças mas também desempregados de áreas que nada têm a ver com o ramo da segurança privada estão entre os formandos.
«Fui militar durante sete anos e a segurança privada é uma saída muito comum entre ex-militares. Gostava de permanecer no país mas estou a disposto a ir para onde houver trabalho», revelou à TSF Frederico Costa, de Rio de Mouro.
Amélia Rodrigues, única mulher a frequentar o curso, era formadora de Informática e Línguas antes de ficar desempregada. Também ela veio tentar novas possibilidades de trabalho. «Gostava de trabalhar com crianças, sempre tão sujeitas ao perigo», confessa. De estatura média, Amélia cumpre os requisitos.
Rui Silva desmistifica a ideia de um guarda-costas à americana, como se vê nos filmes, para destacar que mais do que massa muscular, é necessário força emocional.
«No passado, o perfil de bodyguard era um homem grande, largo e musculado. É evidente que tem que ter grande resistência física e emocional e muita vontade de trabalho e de sacrifício», realça.
Ainda segundo aquele responsável, 82% dos formandos conseguem trabalho aqui ou lá fora mas nem todos chegam ao fim do curso de três semanas em regime de internato.