O presidente da Associação Sindical de Juízes admite que o facto de não ter havido qualquer condenação em alguns processos mediáticos, pode ter contribuído para agravar a perceção da corrupção em Portugal.
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Os investidores e observadores estrangeiros continuam a ver Portugal como um dos países com mais corrupção na Europa, indica o último barómetro da Transparência Internacional com o Índice de Perceção da Corrupção.
Portugal ocupa a posição número 33, numa lista de 176 país, ainda assim desceu um lugar em relação ao ano passado.
Em declarações à TSF, o presidente da Associação Sindical de Juízes, Mouraz Lopes, admitiu que algumas decisões dos tribunais não terão ajudado a esta perceção.
Nesse sentido, Mouraz Lopes sugere algumas medidas que poderão ajudar a reduzir o problema da corrupção, tais como «a aplicação de códigos de conduta ética nas empresas», e «a criação de listas negras de algumas empresas que funcionam à margem da sociedade».
Na opinião do juiz, também «os miúdos, nas escolas, têm que começar a perceber que vivem numa sociedade democrática, que tem um conjunto de valores que devem ser seguidos. Não se pode valorizar a cultura do 'chico-espertismo', onde sabem que há sempre alguém que dá um jeitinho. É isto que tem de acabar», defendeu.