O porta-voz da CNE lamenta a falta de funcionários com eleições em tempo de pandemia.
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A Comissão Nacional Eleições (CNE) queixa-se da falta de meios técnicos e humanos, a pouco mais de um mês das eleições presidenciais. O porta-voz da comissão avisa que os serviços estão à beira da rutura e antecipa problemas nas votações de 24 de janeiro.
Com poucos funcionários e a necessidade de reforço em tempos de pandemia, o porta-voz a CNE, João Tiago Machado, antecipa vários problemas.
"Uma sobrecarga brutal e a falta de capacidade de resposta imediata no dia das eleições", assume o porta-voz da comissão à TSF, dando como exemplo as declarações de candidatos e partidos no dia da votação, que têm de ser paradas, ou algum encontro nas urnas.
A falta de pessoal no gabinete jurídico é outra situação que preocupa João Tiago Machado, com apenas um jurista "que prepara todas as deliberações submetidas a plenário". A equipa era composta por três elementos, mas uma das juristas passou a coordenadora de serviços e o outro membro está de baixa prolongada.
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Além disso, o espaço é pouco, porque as instalações não dão para mais. "Se o nosso mapa de pessoal fosse ocupado na plenitude, as nossas instalações não permitiam, e nem estamos a falar em distanciamento pela pandemia", lamenta em declarações à TSF.
A CNE não tem sala de reuniões para os funcionários se reunirem em dia de eleições, desde que mudou de instalações há um ano e meio. "Uma redução brutal de área e de funcionalidade: antes funcionava tudo num piso, e passou a dois pisos. Perdemos um gabinete para os membros, que era utilizado em processo eleitoral para o call center do eleitor, que agora tem de funcionar na sala de reuniões", explica João Tiago Machado.
Em 2021, os portugueses são chamados a votar para a Presidência da República e nas eleições autárquicas. As eleições presidenciais realizam-se a 24 de janeiro.
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