Falta de pessoal no IMT deixa quase 13 mil alunos à espera de exame de condução
Escolas de condução explicam que muitos dos examinadores saíram do instituto durante a pandemia de Covid-19 ou reformaram-se e não foram substituídos.
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A Associação Portuguesa de Escolas de Condução (APEC) alerta que a falta de pessoal no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) está na origem da lista que já conta com quase 13 mil alunos à espera de um exame para obter a carta de condução.
A edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias conta que, destes, 4723 esperam há mais de três meses e 105 há mais de quatro anos.
Em declarações à TSF, Ricardo Vieira, responsável da APEC, explica que "muitas das pessoas que realizam exames no IMT reformaram-se e não substituíram estas pessoas".
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"Nem sequer têm profissionais credenciados, a maior parte dos que fazem exames são pessoas que lá trabalham e tiveram uma pequena formação", acrescenta. A situação, garante, era de "fácil" solução "se o IMT absorvesse os examinadores dos centros privados como os seus trabalhadores".
Portugal, sublinha, é ainda dos poucos países europeus onde as entidades privadas fazem exames de condução e Ricardo Vieira garante que, nestes centros privados onde também é possível fazer exames mediante um pagamento mais elevado por parte dos utentes, não há falta de examinadores.
De acordo com o presidente da APEC, também as escolas de condução se debatem com "falta de pessoal que ensine nas escolas".
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"As escolas não estão com capacidade de mandar os alunos todos para exame porque não têm como ministrar as lições", adianta. "Isto é um problema grave e deve-se à falta de condições que os instrutores tinham e que fez com que muitos mudassem para outras atividades diferentes."